Greve parou <i>Resiestrela</i>

Ao se­gundo e úl­timo dia, a greve dos tra­ba­lha­dores da Re­si­es­trela re­gistou «uma forte adesão, acima dos 80 por cento, pa­ra­li­sando com­ple­ta­mente as ins­ta­la­ções da em­presa». O Sin­di­cato Na­ci­onal dos Tra­ba­lha­dores da Ad­mi­nis­tração Local in­formou, a meio da tarde de terça-feira, que ne­nhum ca­mião dos con­ce­lhos ser­vidos por aquela em­presa de re­colha e gestão de re­sí­duos só­lidos tinha efec­tuado qual­quer des­carga.

O STAL/​CGTP-IN pre­cisou que a pa­ra­li­sação al­cançou uma adesão de cem por cento nos sec­tores ope­ra­ci­o­nais, su­bli­nhando que esta res­posta dos tra­ba­lha­dores «traduz o forte des­con­ten­ta­mento» e «a uni­dade e de­ter­mi­nação na luta pela va­lo­ri­zação pro­fis­si­onal e sa­la­rial e pelo di­reito à ne­go­ci­ação». Os tra­ba­lha­dores re­pu­diam a ati­tude anti-ne­go­cial as­su­mida pela ad­mi­nis­tração da Re­si­es­trela, que con­tinua a es­cudar-se numa pseudo-ne­go­ci­ação de um Acordo de Con­tra­tação Co­lec­tiva entre a Águas de Por­tugal e sin­di­catos, omi­tindo que estão em causa rei­vin­di­ca­ções es­pe­cí­ficas da em­presa.

An­te­ontem, a GNR tentou forçar a en­trada de um ca­mião para des­car­regar lixo e ame­açou os tra­ba­lha­dores em greve com pro­cessos, caso im­pe­dissem a en­trada, re­velou o sin­di­cato, sa­li­en­tando que, apesar desta acção in­ti­mi­da­tória, os tra­ba­lha­dores re­sis­tiram e não per­mi­tiram o acesso da vi­a­tura.

Para o STAL, esta acção da GNR foi «com­ple­ta­mente des­pro­por­ci­o­nada e ilegal» e «pro­fun­da­mente aten­ta­tória do exer­cício le­gí­timo do di­reito à greve», tanto mais quanto «os ser­viços mí­nimos estão as­se­gu­rados». «Sa­bendo que têm razão, os tra­ba­lha­dores da Re­si­es­trela não se deixam in­ti­midar e con­ti­nu­arão a lutar pelos seus di­reitos», as­se­vera o sin­di­cato, num co­mu­ni­cado em que «saúda uma vez mais o sen­tido de res­pon­sa­bi­li­dade e a so­li­da­ri­e­dade de­mons­trada pela ge­ne­ra­li­dade dos tra­ba­lha­dores das au­tar­quias afectos à re­colha de lixo e pelas po­pu­la­ções abran­gidas por estes ser­viços».

Outra pa­ra­li­sação tinha já ocor­rido a 4 de Maio, nesta em­presa de ca­pital mul­ti­mu­ni­cipal e do Grupo Águas de Por­tugal, que opera nos dis­tritos de Cas­telo Branco e Guarda. Os tra­ba­lha­dores querem ser in­te­grados numa ca­te­goria pro­fis­si­onal cor­res­pon­dente às fun­ções que exe­cutam; exigem que seja pago o des­canso com­pen­sa­tório, que acu­mula anos de atraso, bem como o sub­sídio de re­feição re­la­tivo a tra­balho su­ple­mentar aos sá­bados e do­mingos. Exigem ainda au­mentos dos sa­lá­rios em 2010.



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